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Transtornos Alimentares: Compulsão Alimentar ou Comer Compulsivo

Transtorno ou distúrbio alimentar, são termos usados para definir um desvio no padrão alimentar normal de uma pessoa. Entre esses transtornos estão a anorexia e a bulimia, e hoje vamos falar sobre a compulsão alimentar.

As características da compulsão alimentar, ainda hoje, são um pouco incertas e conflitantes, pois podem variar muito de pessoa pra pessoa.

O comer compulsivo ocorre em 2% da população, e é mais frequente entre as mulheres. Um dado alarmante é que de 30 a 54% das pessoas que fazem dietas muito restritivas e sem acompanhamento acabam desenvolvendo esse transtorno. Pode estar associado à obesidade, mas nem sempre são os obesos que apresentam o transtorno.

No geral, a compulsão alimentar é definida por uma ingestão de grande quantidade de comida em um espaço muito curto de tempo, a pessoa sente-se sem controle e vai comendo, comendo, comendo.... podendo chegar a ingerir até 5 vezes mais do que deveria comer o dia todo, em uma única refeição. Na maioria dos casos, os alimentos procurados durante um episódio de compulsão alimentar são os carboidratos: massas, pães, doces, etc.

Após os episódios de compulsão, a pessoa sente-se envergonhada, reconhece que não agiu de maneira consciente, mas diferente dos casos de bulimia, ela não tenta "reverter" a situação provocando vômitos ou outro tipo de compensação, mas se sente muito mal consigo mesma.

As causas podem ser muitas: ansiedade excessiva (relacionada ou não com dietas radicais para controle de peso) , stress, cobrança excessiva (da prórpia pessoa com ela mesma, ou de forma externa), depressão, entre outras.

A depressão, aliás, pode ser uma das causas da compulsão alimentar, mas pode também ser uma das consequências dela, pois a pessoa se sente mal com ela mesma, porém sem controle, e vai se tornando um ciclo vicioso: a pessoa come por se sentir deprimida, e se deprime por ter exagerado....

As complicações envolvem ganho de peso excessivo, aumento dos níveis de pressão arterial e colesterol, diabetes, etc... e esses problemas podem levar a outros ainda mais graves, como complicações cardíacas.

O tratamento deve ser multidisciplinar, envolvendo médicos (psiquiatras, endocrinologistas), nutricionistas e psicólogos.


Fontes: abc da saúde
Azevedo, A. P. et al. Transtorno da compulsão alimentar periódica. Revista de psiquiatria clínica.
Escrito por Laís Simino
Nutricionista - CRN3 32722/p

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